sábado, 25 de outubro de 2008

JOAOZINHO SEM TETO

Joãozinho sem teto dormia
Debaixo de um pontilhão
Nas longas noite de frio
Seu corpo tremia no chão

E mesmo sofrendo calado
Joãozinho sonhava com a vida
Enquanto a alegria não vinha
Sua alma chorava sentida

Assim dormindo o menino
Naquele relento sonhando
Não previa em seu acordar
A dôr que o estava esperando

E muitas pessoas passando
Não davam a Joãozinho atenção
No entanto o garoto esperava
O calor de um bom coração

Numa noite fria de inverno
Nem o pontilhão protegeu
Naquela giada assassina
Joãozinho sem teto morreu

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ÉRAS PASSADAS

No dia em que percebi
Seu jeito meigo e fraterno
Foi quando eu notei
Que o nosso amor é eterno

E como um louco a beijei
Deixando-a alucinada
Lembrei então que te amei
Em outras éras passadas

domingo, 19 de outubro de 2008

A POESIA DE VOLTA

Lembro-me quando criança
Relendo frases de amor
Sentia nos versos rimados
Chegar na alma o calor

E como o grande universo
Que vive em harmonia
Vivia eu nesse mundo
Amando mais a poesia

Agora ja um adulto
Da infância nunca esqueci
Na mente vem a lembrança
Dos lindos versos que li

Mas aquelas mensagens
Que um dia o poeta escreveu
Se evaporaram no tempo
E o nosso povo esqueceu

Hoje sendo um poeta
A minha alma se solta
E vai tentar no infinito
Trazer a poesia de volta

domingo, 12 de outubro de 2008

POESIA DA ALMA

Quando um poeta entristece
Chora sem perceber
Sente que a vôz emudece
Então começa a escrever

Diz em seus versos rimados
Da sua angustia e calma
E vai tentando na fé
Tirar poesias da alma

RETRATO TRISTE

Eu sou aquele
Que caido embriagado
Já não luta
Um covarde adormecido
Não escuta
O chamar da consciência
Um PINGUÇO

Eu sou aquele
Que na rua da amargura
Esta jogado
Mal trapilho, vagabundo
Derrotado
Vegetando pela vida
Um PINGUÇO

Eu sou aquele
Miseravel, ignorante
Sem familia
Um canalha mal carater
Que se humilha
A pedir mais uma dose
Um PINGUÇO

Eu sou aquele
Que ninguem mais
Acredita
Pobre andarilho que jamais
Terá conquista
Derrotado pelo alcool
Um PINGUÇO

Eu sou aquele
Trapo sujo ali
Caido
Resto humano ja ficando
Apodrecido
Retrato triste, muito triste
Um PINGUÇO

VAI O POETA

Já finda a minha existência
Agora com Deus vou morar
Espero deixar as mensagens
A quem os meus versos tocar

E quando fechar os meus olhos
Eu quero que a alma sorria
Porque a morte só leva
O poeta e não a poesia

O FILHO PRODIGO

Estou voltando meu pai
De uma vida de horror
Trazendo dentro da alma
Muita tristeza e dôr
Jamais pensei que o mundo
Fosse ingrato assim
Voltando peço meu pai
Faça um escravo de mim
Pois não mereço ser digno
De ser chamado seu filho
Porque nas minhas andanças
Perdi a honra e o brilho
E toda aquela fortuna
Que tu me deste acabou
Somente a dôr e a tristeza
Neste meu peito ficou
Assim como um vagabundo
Por esse mundo andei
Comendo sobras de porcos
Coisas que nunca pensei
E ao lembrar que um dia
Tive de tudo na vida
Que trabalhando contigo
Tinha uma vida florida
Mas hoje volto meu pai
A te implorar compaixão
Trazendo dentro da alma
Marcas no meu coração
Pois sendo rude e cruel
Sofrendo me arrependi
Por te deixado um dia
A quem mais amava aqui
E ouvindo calmo meu pai
Ordena um grande jantar
Pedindo a todos seus servos
Que venham me prestigiar
Mas em discordia meu irmão
Em tom magoado falou
Porque festeja meu pai
O filho que lhe abandonou
Pois sendo eu dedicado
Dei sempre tudo de mim
Porém jamais tu fizeste
Uma homenagem assim
Então o pai foi dizendo
Ao filho tão descontente
Que seu irmão que partiu
Estava na vida doente
E ao ver-se perdido no mundo
Voltou pois muito sofreu
Morreu buscando alegria
Mas pela dôr renasceu

PACIÊNCIA

A vida é muito dificil
Com calma tudo melhora
Um dia também seus problemas
Terminam chegando sua hora

Procure sempre insistir
Com força, fé, persistência
Levando sempre a esperança
Munida de muita paciência

A FÉ

A fé é como a semente
Que brota após ser plantada
E cresce como a criança
Virtuosa ao ser educada

Por isso então meu amigo
Jesus complacente explica
Que a fé implantada em ti mesmo
Ela cresce e também vivifica

CHORE

De graça ao pranto no rosto
Depois do desabafar
Pois entre muitas virtudes
a mais sublime é chorar

Lembre-se que o sentimento
É um dom que Deus ofertou
Pregado a cruz do calvário
Jesus humilde chorou

OUTRA VEZ

Eu ti amo demais
Que ate sou capaz
De perdoa-la o que fez
Esquecer minha dôr
Seja la onde fôr
Começar outra vez

Meu amor sem você
Não consigo esquecer
Que ja fui tão feliz
E não adianta esconder
Pois eu amo você
Meu coração é quem diz

E até mesmo sabendo
Quando andas dizendo
Que jamais me amou
Não me deixas lhe peço
Pois te amo e confesso
Sem você nada sou

Mas você foi embora
Me deixando agora
Por um tempo a chorar
Vou sair por ai
Talvez longe daqui
Eu a vou te encontrar

E voltando aos poucos
A ti amar feito louco
Não me importa o que fêz
Quando o amor alimenta
Um homem até tenta
Começar outra vêz

sábado, 11 de outubro de 2008

A CHUVA

O tempo todo escurece
Ao pôr do sol vai chover
Eu saio a sua procura
Preciso agora te ver

Depois de um forte relâmpago
Começa então trovejar
Porque eu não te encontro
O céu começa a chorar

A BUSCA

De tanta tristeza que tive
Na minha vida ruim
Tentei nas ruas buscar
A felicidade prá mim

Então pegando meu carro
Sai atras da alegria
Buscando a felicidade
Rodei de noite e de dia

E procurando a danada
Nervoso e sem direção
Entrava como um maluco
Sempre numa contra mão

Porém não a encontrando
Nas muitas voltas que fiz
Para casa triste voltei
sentindo-me mais infeliz

Então cansado da busca
Perguntei magoado assim
Porque o mestre não dá
A felicidade pra mim

E respondendo-me o pai
Em seu conselho eficáz
Filho amai a si mesmo
Que a felicidade tu faz

NATAL

Que tenham a paz neste mundo
Os homens de boa vontade
Assim pregava Jesus
Visando a felicidade

E hoje olhando ao céu
Eu vejo brilhar uma luz
Mostrando para a humanidade
Que lindo é o natal de Jesus

PALAVRAS DE PAI

A tua palavra meu pai
É a minha maior expressão
Aponta como uma bússula
O caminho e a direção

As vezes entristecido
Em seus problemas se calas
Meu pai eu quero ouvi-lo
Guardar tudo aquilo que falas

Um dia estando nervoso
Fui malcriado contigo
Mas refletindo as palavras
Fiz de você um amigo

E hoje os seus belos conselhos
Do meu pensamento não sai
Quando quebrar teu silêncio
Fale comigo meu pai

VERSOS DE LUZ

Foi me vendo na dôr
Que Jesus por amor
Preparou-me o porvir
E morrendo sem trauma
Ordenou minha alma
A seus braços subir

E subindo na fé
Que aponta qual é
De um poeta a missão
Encontrei a poesia
Que ao longe vivia
A soar na amplidão

E assim a compondo
Suas frases mandando
A um médium infeliz
Que fungindo da luta
Pelo dom ele escuta
Minha voz que lhe diz

Tenha fé meu irmão
Não rejeite a função
De escrever por Jesus
Pois se atento de fato
Daqui te relato
Seus versos de luz

UM A UM

Nunca se desespere
Ao enfrentar seus problemas
Faça assim como eu
Monte também um esquema

Numere todos em ordem
Na calma conte até três
depois resolva por partes
Um a um de cada vêz

MÃE SANTA

Mãe tu és uma santa
Que rima todos meus versos
Poesia mais verdadeira
Tirada desse universo

Que seja tu minha mãe
Como uma luz a brilhar
Na direção dos meus passos
Por onde irei caminhar

Peço sempre nas preces
Sua proteção e abrigo
Para que fique eterna
A sua imagem comigo

E nesse dia sagrado
Receba minha devoção
Pois tu será minha mãe
a santa do meu coração

A ESTRELINHA

Quando quizeres me ver
Digo-lhes de coração
Estou no grande universo
Brilhando na imensidão

Portanto olhando ao céu
Me acharas no além
Feito uma estrelinha
Doando luz para alguem

FIM DO POETA

Ja fui mensageiro e poeta
Criei mil versos de amor
Ate permitir que a bebida
Roubasse da alma o calor

Dominado então pelo alcool
Se foi meu prazer de criar
Pois ja não sabia escrever
Depois que deixei de sonhar

E assim perdi as ideias
Também minha inspiração
Ficando somente a doença
A fazer tremer minha mão

Ao longe atirei a caneta
Rasguei com desprezo o papel
Sai pelas ruas arrastando
O meu alcoolismo cruél

E aqueles melhores amigos
Agora me fecham as portas
No amargo fim do poeta
A poesia também vira as costas

O TEMPO

Não chore o tempo perdido
Pois tens um tempo aprender
Deus vos deu esse tempo
Para com tempo vencer

Depois de um tempo de vida
Terás um tempo a morrer
Verás por certo com o tempo
O tempo em que irá renascer

MEU POETA

Nao sei quem é o poeta
Que sofre dentro de mim
Pressentindo as suas angustias
Eu ouço disser me assim

Va amigo sem medo
As trevas onde parti
Doente do alcoolismo
Pois nessa vida morri

Então ouvindo essa voz
Me pus a ele igual
E desprendendo minha alma
Eu fui parar no umbral

E la chegando encontrei
Um jovem na embriaguez
Sussurrando lindos poemas
Que nessa vida não fez

Pediu-me então que trouxesse
Ao mundo a luz no amor
Porque na vida pregressa
Bebendo causou muita dôr

Assim eu na caridade
Uni-me a alma sofrida
Ouvindo o desabafo
Daquele poeta suicida

Então depois de acalma-lo
Dei paz ao seu coração
Passando a mim seus poemas
Continuo a nossa missão

E hoje junto do pai
Da escuridão libertei
Peço a Deus que ilumine
Mas o seu nome não sei

A DÔR E O AMOR

A dôr e o amor são virtudes
Que cabe a nós refletir
Nos sentimentos sagrados
De alguem que quer progredir

Então devemos dar graças
Por essa dupla eficáz
A dôr repara os erros
O amor semeia a paz

JESUS

Jesus
Teu nome é divino
E nos inspira poesia
Vieste ao mundo enviado
Ao ventre da Virgem Maria

Jesus
Nasceste ternura
Feito a essência do amor
Tens o semblante suave
Como o perfume da flôr

Jesus
Cresceste eterno
Como o infinito sem fim
Es a herança escondida
Aqui bem dentro de mim

Jesus
Morreste na Cruz
A nós deixando um aviso
Que a vida humilde da terra
Continua no paraiso

O VULTO

Não sei o vulto que sou
Porque cheguei do além
Nem mesmo sei o meu nome
Talvez me chame ninguém

Jamais darei um sorriso
Porque não sinto emoção
Cheguei na terra sem vida
Um vulto sem coração

Por isso então não partilho
Contigo nada que sou
Porque não deste esperança
Para levar onde vou

E assim voltando ao espaço
O amor eu aqui não senti
Por ter desprezado este vulto
Nao levo lembranças de ti

A CRIANÇA E A FLÔR

Toda criança é um jardim
Que cabe a nós construir
Para no mundo de sonhos
Venham de amor nos florir

Elas transmitem perfume
Em seu sorriso esplendor
Jamais haverá diferença
Entre a criança e a flôr

EU MORRI

Estou voltando seu moço
Pois muito cedo parti
A tempos vim nesse mundo
Como infeliz não vivi

Não tenhas medo se acalme
Somente vim confessar
Que nessa minha passagem
Só me dediquei em drogar

Portanto veja seu moço
A podridão que cheguei
Mostrando aqui meu desgosto
Quando a Aids peguei

E desta doença terrivel
Jamais deveria falar
Devido a um tal preconceito
Achei melhor me calar

Aqui então eu não nego
Cheguei ao fundo do poço
Contendo um corpo tão jovem
Fiquei na pele e o osso

Enfim seu moço confesso
Das drogas me arrependi
Quando pensei em deixa-la
Foi muito tarde MORRI

RENASCER

Ao despertar de manhã
Lembrei com muito prazer
Do sonho em que descobri
A minha razão de viver

Sonhei que era o sol
Surgindo ao amanhecer
Cumprindo a sua tarefa
Do nosso dia aquecer

E lentamente passando
Cheguei ao anoitecer
Com o nascimento da lua
Eu deveria morrer

Morrendo então renasci
A vida logo voltei
Porque o sono não mata
Feliz então acordei

De novo o dia amanhece
E a noite escura desfez
O mesmo sol que findou
Renascerá outra vez

Assim também é o espirito
Na volta ao corpo carnal
Por muita vezes renasce
Pois ele é imortal

O MEDO

Eu descobri que o medo
É um sentimento ruim
E fui perdendo esse medo
Tirando o medo de mim

E agora eu vivo sem medo
Porque a fé o levou
Vencendo todas as provas
Depois que o medo acabou

POESIA

POESIA
Gotas de luz
Remédio da inspiração
És uma força extraida
Na fonte do coração

POESIA
Vóz do universo
Em sua essência infinita
Nem os milênios apagam
A sua história bonita

POESIA
Mãe e amiga
Nas horas tristes e de dôr
Teus versos vindos da fé
Nos curam com frases de amor

POESIA
Mão do poeta
Que nos escreve a mensagem
É como a criança que mostra
A face de Deus na imagem

O MESTRE

Jesus Cristo abençoava
Com ternura os filhos teus
Pois amava a todo mundo
Ricos, pobres e ateus

E assim sem preconceito
Espalhava amor e luz
Para provar sua humildade
Foi pregado numa cruz