sexta-feira, 2 de julho de 2010

ALGUEM TE ESPERA

A tempestade caia
Resolvi o meu carro parar
Encostei então a sargeta
Até a chuva passar

Mas infelizmente aumentava
E a grande enchorrada também
De dentro do carro eu via
O transito em um vai e vem

A minha esposa e filhos
Que viajavam comigo
Ao para ali nosso carro
Livrei-os de um grande perigo

Pegando no porta luvas
Um livro para relaixar
Fui lendo com muita calma
Para depois meditar

E aquelas mensagens tão linda
Falando de coisas divinas
Diziam que Deus adverte
Mas é a vida que ensina

Derrepente ouvindo um estrondo
Ao longe joguei o cigarro
Um moço estava prensado
Por entre as ferragens do carro

Então sai como um louco
Na chuva fui socorrer
Mas gravemente ferido
O jovem veio a falecer

Pensei então num segundo
Para que tanta correria
Se com pasciência e calma
Salvei a minha familia

Portanto amigo chovendo
Devagar seu carro acelera
Prossiga com muita prudencia
Porque alguém te espera

A MEDIUNIDADE

Quando levanto a cabeça
E vejo universo sem fim
Recebo toda energia
Da mediunidade em mim

E como sou um poeta
Pressinto um fecho de luz
Que vem da sua presença
Muito obrigado Jesus

O PAPAGAIO E O VAGALUME

Ao ouvir uma conversa
Com minha alma em azedume
Escutava o que dizia
O papagaio ao vagalume

E falando o papagaio
Ao me ver na escuridão
Que faremos amiguinho
Para ajudar o nosso irmão

Comovido o vagalume
Num instante respondeu
Acendendo uma luzinha
Retirou o escuro meu

Sendo assim nessa mensagem
Posso ver nos dois Jesus
Papagaio tem a fala
Vagalume tem a luz

SENSIBILIDADE

Minha amiga não te entregues
Aos problemas desta vida
Pois daqui estou sentindo
A sua alma tão sofrida

Sendo assim mesmo distante
A você hoje rezei
Mas não peço que me conte
Seus problemas pois já sei

BALA PERDIDA

Quando ao sair do trabalho
Pensando em casa chegar
Aquele homem espera
Beijar a esposa e jantar

Mas em um beco da esquina
Costumam-se drogas passar
Havendo um tiroteio
Não pode o homem voltar

E como sempre acontece
Nas violências da vida
O moço fôra atingido
Por uma bala perdida

Em meio aquele alvoroso
Alguém lhe vem socorrer
Mas gravemente ferido
Veio o rapaz falecer

Com essa ignorância
Que gera em todo o lugar
É mais um pai de familia
Que não consegue chegar

Portanto é mais uma vida
Que deixa um lar a sofrer
Só mesmo Deus é quem pode
Nos dar proteção ao viver

Chorando pede a viuva
Em sua dôr permanente
A que se faça justiça
A morte de um inocente