quinta-feira, 2 de julho de 2009

PILATOS

Lembro-me estar ao sinédrio
Naquela reunião
Em que trouxeram os reús
Para a condenação
E como devia Pilatos
Manter a ordem e a paz
Teria de crucificar
Jesus ou Barrabás

Em todos os dias de festas
Permitiam as leis do lugar
Doar ao povo a escolha
De um prisioneiro soltar
Porém o outro acusado
Teria a morte na cruz
Não tendo o mestre um crime
Pilatos defende a Jesus

Mas, o povo aos gritos
Exigiam o Cristo na cruz
Dizendo não ser a verdade
A pregação de Jesus
Então vencido Pilatos
Não poupa o filho de Deus
Em cumprimento da lei
Entrega o maior dos judeus

E eu orava em silêncio
Estava ali em jejum
Não via como a Pilatos
No mestre pecado nenhum
Portanto em outro alarido
Pilatos mais uma vez
Pediu que o povo apontasse
Em Cristo um crime que fez

Então voltando os gritos
Aclamando o mestre na cruz
Para uma coroa de espinhos
O rei entrega Jesus
Porém saindo aturdido
Do meio da multidão
Usando meu tacho com agua
Pilatos lavou suas mãos

NOSSA ESCOLA

A escola é nossa casa
Onde vamos estudar
Sendo assim o que a dentro
Nos devemos conservar

No entanto fora dela
Diga sem ter medo algum
Defender a nossa escola
É dever de cada um

O GULOSO

Maneco era comilão
Da fruta chupava o caroço
Tomava café com rabada
Depois corroia o osso

E assim ao estar numa festa
Em meio aos amigos leais
Havendo na mesa de tudo
Maneco o guloso quiz mais

Arroz, feijão, vatapa
Salame, jiló, pimentão
Maneco o esfomiado
Sozinho comeu um leitão

Depois de chupar melancia
Pediu macarrão e café
Tomou a cachaça com leite
Comeu abacate no pé

Por fim ao tomar um sorvete
Maneco abusou da tolice
Comendo cinquenta bananas
Morreu na sua gulodice

Portanto ao compor essa historia
Pretendo aos famintos dizer
Devemos comer com cautela
Para o nosso bem viver

O MENINÃO

A você que bebe muito
Aqui deixo meu conselho
Abandone o alcoolismo
Pra melhor ver-se ao espelho

Ao beber lá no passado
Meu querido e caro irmão
Me sentia um moço velho
Mais voltei ser meninão

DEPOIMENTO DE VIDA

A vocês eu vou contar
Minha vida e meu passado
Quando andava pelas ruas
Todo sujo e embriagado

As pessoas que me amavam
Dei as costa e fui embora
Mas sofri as duras penas
Por esse mundão a fora

E levando a ilusão
De que assim era feliz
Fui cavando a sepultura
Quando do meu lar desfiz

Os meus filhos e esposa
Que tinham por mim amor
Por me darem seus conselhos
Eu nunca lhes dei valor

E narrando minha historia
Num relato tão ruim
Confesso que esse inferno
Eu mesmo criei pra mim

Ao me verem capengando
Se arrastando pelo mundo
Mesmo sabendo meu nome
Me chamam de vagabundo

Assim triste pela vida
Estando de mal comigo
Na rua fui encontrado
Por um grupo de amigos

Felismente na vontade
De voltar a ficar de pé
Para renascer de novo
Tive que ter muita fé

E no grupo bem aceito
Não vou mais sair de lá
Hoje a minha sobriedade
Agradeço ao A.A