sexta-feira, 1 de maio de 2009

MIRAGEM

Diga mulher de onde vens
Como apareces assim
A luz de uma miragem
A poucos metros de mim

Embora estando calada
Na mente eu posso ouvir
A sua voz me dizendo
Filho estou a porvir

Assim ouvindo a miragem
Contando o que aconteceu
Quando em um parto infeliz
Ao dar a luz faleceu

Hoje na esfera divina
Do pai teve a permissão
De retornar nesse mundo
Para me dar proteção

Depois de aqui terminar
A sua tarefa de amor
Tão triste a miragem voltou
Aos braços de nosso senhor

E lá na eternidade
Ao pai lamentou que sentia
Não ter recebido um abraço
Do filho a quem tanto queria

Portanto daqui respondendo
Aquela que o amor reproduz
Mamãe eu só pude fita-la
Jamais abraçar uma luz

IMAGEM DE MÃE

Mãe tu és uma santa
Que faz da vida um espelho
Também é como uma manta
Aquecendo com tantos conselhos

Enfim você minha mãe
É de um amor tão profundo
Que busca tirar os teus filhos
Dos embaraços do mundo

MINHA MÃE

Minha mãe estou feliz por ser seu filho
Nesse dia vou te amar como ninguém
Por que sei que nesse mundo tão imenso
Uma mãe igual você outro não tem

Vim ao mundo e por Deus fui premiado
E de presente minha mãe, você ganhei
Para guiar-me nos caminhos que prossigo
Ser a santa conselheira que sonhei

Gostaria minha mãe de oferecer-lhe
Alguma coisa que pudesse expressar
O sentimento de ternura que hoje sinto
E a gratidão de ter você para amar

Então trancado em meu quarto escrevi
Essa poesia para te presentear
Mas as palavras nesse dia não refletem
O meu desejo de querer-te abraçar

CONTANDO AS ESTRELAS

Como cego irei caminhar
E sem rumo não sei onde vou
Adentrando um caminho a esmo
O meu mundo de sonho acabou

E na estrada sombria da vida
Sem destino prossigo ao léu
Esperando chegar ao infinito
Vou contando as estrelas do céu

JOÃO CACHAÇA

João cachaça era apelido
De um homem que vencido
Pela pinga só sofreu
Era ele um peregrino
Que andava sem destino
Pois da vida ele esqueceu

E morando ali sozinho
Num barraco sem carinho
Quem lhe espera é sua dôr
Por viver amargurado
Esconde que no passado
Fora um homem de valor

Um dia foi encontrado
Em seu barraco jogado
Da cachaça João morreu
Sem contar sua amargura
Carregou pra sepultura
Um grande segredo seu

E chegando a policia
Com auxilio da pericia
Nesse seu barraco entrou
E mostrando um tenente
Ao doutor ali presente
Um diploma que encontrou

E com calma o delegado
Ao falar daquele achado
Enaltece ao portador
Fez cruzar suas mãos divinas
Pois formado em medicina
João cachaça era doutor