domingo, 3 de fevereiro de 2013

POMBINHA MENSAGEIRA

Tive uma namorada
A ela amei demais
Desse amor ficaram coisas
Que não esqueci jamais

Ela terminou comigo
Mesmo em sua gravidez
E gestante foi embora
Me esquecendo de uma vez

Assim ao passar o tempo
Sozinho passei também
Por gostar daquela ingrata
Não casei com mais ninguem

Hoje enfim recebo versos
De uma amiga virtual
A pombinha mensageira
Ela assina no final

Por gostar de seus poemas
A menina disse assim
Poetisa seus versinhos
Parecem herdar de mim

No entanto a meu recado
Ela triste respondeu
O meu pai foi um poeta
Mais mamãe disse morreu

E da mãe mostrando a foto
Meu passado volta a milha
Na pombinha mensageira
Encontrei a minha filha



ESTOU PRONTO

Nesse corpo estou morrendo
Ja cumpri com meu dever
E daqui pra outra vida
Só espero o renascer

E doente nessa cama
Contra a morte não confronto
Ao chegar a minha hora
Para o pai já estou pronto

O GAVIÃO

Eu estava namorando
A morena no portão
Quando a sentou no muro
Um enorme gavião

Ele então a ela olhando
Deu-me uma ciumeira
Fui beijar a namorada
Debaixo da goiabeira

E ali nós se amando
A meu bem dizia assim
Por ciumes estou sentindo
Goiaba caindo em mim

No entanto ao tal paquera
Moleza não dava não
Deitei com a minha amada
Na grama do piscinão

Mas o sol estando quente
Tendo sede ela pediu
Pra beber da minha agua
Que levava em meu cantil

Depois ela tendo fome
Eu corri até o portão
Pois para lhe dar goiabas
Espatava o gavião

ME CUTUCA

Vou matar sua tristeza
Para não te incomodar
No entanto é preciso
Você ela me apontar

Como ainda nao comheço
Estou sempre na sinuca
A tristeza aparecendo
Você pega e me cutuca

A ULTIMA CERVEJA

Eu sai da casa dela
Muito triste derrotado
Pois eu não me conformava
Nosso amor ter se acabado

E entrando em um barzinho
Para enxugar meu pranto
Ao pedir uma cerveja
Sentei na mesa do canto

Lá estando pensativo
Uma dôr me corroia
Minha alma se entregava
A solidão que invadia

Ouvindo tocar no radio
Aquela nossa canção
Pedi mais uma cerveja
Para morrer de paixão

Assim eu ia bebendo
Na maior melancolia
Cada trago que tomava
Muito mais ainda queria

Como sempre em um barzinho
A morte vem na bandeja
Seu garçom a um suicida
Traga a ultima cerveja

BOM DIA

Eu dormi a noite inteira
Amparado por Jesus
De manhã me levantando
Vi o sol com sua luz

E feliz em uma prece
Pedi paz e harmonia
A você que despertando
Com prazer digo bom dia