Natalino era um mendigo
De uma alma angelical
Lembro bem da sua historia
Ele nasceu no natal
E vivendo na favela
Maltrapilho e pés no chão
Mesmo em meio a pobreza
Tinha amor seu coração
Todo dia o Natalino
Depois de se levantar
Seu carrinho ele empurrava
Ao sair pra trabalhar
Saindo de manhãzinha
Indo em busca do seu pão
O mendigo pelas ruas
Catava seu papelão
Ao olhar um aleijado
Na calçada a rastejar
Natalino o seu carrinho
Esvaziou para ajudar
Com isso então notei
No mendigo havia luz
Pois nos gestos e exemplos
Parecia com Jesus
Porém hoje me recordo
Desse fato acontecido
Numa guerra na favela
O mendigo foi ferido
E na triste coincidência
Natalino o angelical
Como no seu nascimento
Morreu ele no natal.
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Um comentário:
Que história emocionante. Como você constuiu bem os versos. Parabéns! Neneca
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