quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

NATALINO

Natalino era um mendigo
De uma alma angelical
Lembro bem da sua historia
Ele nasceu no natal

E vivendo na favela
Maltrapilho e pés no chão
Mesmo em meio a pobreza
Tinha amor seu coração

Todo dia o Natalino
Depois de se levantar
Seu carrinho ele empurrava
Ao sair pra trabalhar

Saindo de manhãzinha
Indo em busca do seu pão
O mendigo pelas ruas
Catava seu papelão

Ao olhar um aleijado
Na calçada a rastejar
Natalino o seu carrinho
Esvaziou para ajudar

Com isso então notei
No mendigo havia luz
Pois nos gestos e exemplos
Parecia com Jesus

Porém hoje me recordo
Desse fato acontecido
Numa guerra na favela
O mendigo foi ferido

E na triste coincidência
Natalino o angelical
Como no seu nascimento
Morreu ele no natal.

Um comentário:

Neneca Barbosa - Um ser humano em evolução! disse...

Que história emocionante. Como você constuiu bem os versos. Parabéns! Neneca