terça-feira, 3 de novembro de 2009

A PROSTITUTA

Muitos atiraram me pedras
Jamais merecia perdão
Chorando humilhada na rua
Deixei meus pais e irmãos

Sai desprezada e triste
Sentia minha alma ferida
Andando sozinha a esmo
Joguei-me no escuro da vida

E sentindo um amargo desgosto
Em meu coração de mulher
Amando na minha inocência
Me fiz como uma qualquer

Jurando não mais retornar
A minha moral eu perdi
Num antro de prostitutas
Foi onde meu corpo vendi

Agora o amor ofereço
Dinheiro aceito na chama
Se um dia eu fui inocênte
Hoje o destino me engana

Mesmo sofrendo deslize
A fé não me deixa chorar
Quando cair de joelhos
Com Deus falarei ao rezar

Espero que seja atendida
Que sinta o fim desta estrada
Para que de meu perdão
Por todoas as pedras jogadas

E um dia ao sair desta lama
Irei estender minha mão
Pois resta nesta prostituta
A esperança e um bom coração

2 comentários:

ju-jsm disse...

MUITO BOM PARECE VIDA DE MADALENA RETRATADA.BJS.

Neneca Barbosa - Um ser humano em evolução! disse...

Parabéns Rubens! Texto muito bom, para refletirmos que não devemos atirar a primeira pedra. Quem de nós não comentemos erros? E todos temos o germem do amor em nossos espíritos. Beijos!