quarta-feira, 1 de setembro de 2010

FIM DE UM CAMPEÃO

E o campeão festejava
Vencia mais um na bebida
Virando na boca a garrafa
Se orgulhava da aposta vencida

Depois batia no peito
Naquele seu jeito arrogante
Sorrindo dos derrotados
Se transformava em gigante

E assim continua bebendo
Perdendo o amor por si mesmo
O forte vai cambaleando
Jogando a saude a esmo

Em casa põe medo nos filhos
A esposa os proteje chorando
E o campeão da bebida
Para cama vai se arrastando

Ao levantar de manhã
Não lembra nada o que fez
E aquele jogo da morte
Irá disputar outra vez

Mas com o tempo passando
Suas forças diminuindo
Aquele homem gigante
Aos poucos vai se destruindo

Já tendo os olhos inchados
O corpo tremendo a neurose
Na mente vem o delirio
Corroendo por dentro a cirrose

E estando muito abatido
A dôr ja se faz constante
Jamais ira apostar
Um pobre traste ambulante

Portanto ao cair a nocaute
Sua fama termina assim
Na lona do ringue da vida
Nenhum aplauso no fim

Um comentário:

Neneca Barbosa - Um ser humano em evolução! disse...

Oi amigo, seus poemas sobre as drogas passam mensagens de alerta.
Tenha uma boa noite.
Beijos, Neneca.